A ação cumpre, ao todo, 23
mandados judiciais (11 de prisão temporária e 12 de busca e apreensão) nos dois
Estados, com atividade principal nas cidades de Caruaru e Bezerros, em
Pernambuco, e Teresina, no Piauí.
A Operação conta ainda com o
apoio do Gaeco do MP do Piauí, das Polícias Civil, Militar e Penal, além da
Polícia Judiciária Militar e da Secretaria de Administração Penitenciária e
Ressocialização de Pernambuco.
As investigações identificaram
uma organização criminosa violenta, voltada à comercialização de armas e
drogas. O grupo atuava como distribuidor "atacadista" de drogas,
coordenando o armazenamento e o abastecimento de pontos de venda na região,
além de operar um fluxo de compra, venda e manutenção de armamentos e munições.
A operação identificou que um
policial militar agia como informante do grupo, vazando dados sigilosos de
operações policiais para alertar os líderes do tráfico sobre ações de
inteligência em andamento.
Os crimes investigados são de
organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico, comércio
ilegal de arma de fogo, porte ilegal de arma de fogo, lavagem de dinheiro e
violação de sigilo funcional, cujas penas, somadas, podem ultrapassar 50 anos
de reclusão.
O Promotor de Justiça Eduardo
Aquino, do Gaeco Agreste, informou que a intenção do trabalho investigativo é
erradicar o crime organizado do Estado, principalmente o que coopta agentes
públicos.
"Infelizmente, tínhamos a
situação de policiais militares vendendo armas e vazando informações sigilosas
para o tráfico, pondo em risco a vida dos colegas de farda e do cidadão.
Esperamos, com a operação, tranquilizar a grande maioria dos policiais que
fazem seu trabalho honestamente", destacou.
"O trabalho do GAECO
reafirma a importância de uma atuação firme, técnica e integrada no
enfrentamento ao crime, inclusive quando envolve agentes públicos. A Polícia
Militar de Pernambuco não compactua com desvios de conduta e sempre colaborará
com as investigações, preservando a legalidade e o compromisso com a sociedade.
Ao mesmo tempo, respeitamos integralmente o contraditório e a ampla defesa,
pilares essenciais do devido processo legal e da Justiça", destacou o
comandante-geral da PMPE, coronel Ivanildo Torres.
Já o delegado-geral de
Pernambuco, Felipe Monteiro, elogiou o combate qualificado ao crime organizado.
"Esse trabalho exige inteligência, integração e presença permanente do
Estado. O GAECO simboliza exatamente essa força-tarefa contínua, que reúne Promotores
de Justiça, Policiais Civis, Militares e especialistas comprometidos em
desarticular organizações criminosas e proteger a sociedade pernambucana",
acrescentou.
Mais detalhes sobre o
resultado da operação serão disponibilizados em entrevista coletiva a ser
realizada na sede das Promotorias de Justiça de Caruaru.







